Representantes de sindicatos de trabalhadores de Bento Gonçalves participaram, na última segunda-feira (18), da Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores.
Representando suas categorias, presidentes emitiram um ofício à Casa Legislativa, onde está tramitando projeto de subsídio às passagens do transporte coletivo urbano, com o intuito de solicitar melhores condições aos usuários.
Conforme o documento, as entidades manifestam crescente preocupação com a qualidade do serviço de transporte coletivo ofertado no Município e, sobretudo, com o recente aumento da tarifa praticada pelas empresas que detém a concessão. Destacam, ainda, que historicamente os trabalhadores sofrem com a qualidade dos serviços ofertados, sugerindo que a Câmara promova o debate e a oitiva da população, por meio de audiência pública acerca da temática.
“Não é possível que se pense no desenvolvimento social de nossa cidade sem que se direcione a atenção desta Casa à população que utiliza e depende do transporte coletivo, e que é formada, majoritariamente, pelos trabalhadores e trabalhadoras representados por nossos Sindicatos”, manifestam os presidentes.
O grupo, que forma a Intersindical de Bento Gonçalves, fez as seguintes sugestões, visando melhorar o atendimento aos usuários: ampliação dos itinerários e horários ofertados, melhoria da qualidade dos veículos que executam os trajetos e dos abrigos das paradas existentes, ampliação e modernização da frota de veículos, e promoção de acessibilidade ao serviço.
De acordo com o grupo, tais sugestões são medidas mínimas para garantir que o serviço de transporte coletivo atenda ao interesse público. “Ao mesmo passo em que os usuários do transporte coletivo de nosso Município enfrentam a precarização do serviço ofertado, estão sendo penalizados com o recente reajuste desarrazoado da tarifa do serviço”, destacam.
Ainda conforme os presidentes, o reajuste atualmente vigente implica em aumento significativo da despesa mensal dos trabalhadores, sendo que o impacto desse acréscimo afeta, de forma incisiva, quem recebe menos, acentuando a desigualdade social.
Com o documento, as entidades visavam requerer que fosse promovida a aprovação do subsídio proposto pelo Poder Executivo, de forma imediata, bem como que fosse designada audiência pública para tratar a respeito do tema. Tal proposta foi encaminhada pelo Executivo à Câmara em 10 de agosto e ainda não foi colocada em votação.