A escala de trabalho 6×1, adotada por setores como lojas, restaurantes, fábricas e hospitais, tem sido muito debatida em todo o Brasil.
Apesar de atender à demanda de áreas importantes, essa prática tem efeitos significativos na saúde, no bem-estar e nas relações sociais de quem nela atua.
O que estão dizendo sobre o assunto?
Nas redes sociais, o tema gerou mais de 60 mil publicações entre outubro e novembro de 2024.
Alguns dos relatos mais comuns são de trabalhadores que citam a ausência em momentos importantes da vida familiar, como ajudar os filhos nas tarefas escolares ou participar de eventos e confraternizações familiares.
Os debates sobre o assunto chegaram ao Congresso Nacional. Uma Proposta de Emenda à Constituição, da deputada federal Erika Hilton (PSOL), prevê a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais para 36 horas, com 4 dias de trabalho e 3 de descanso.
Principais impactos da escala 6×1
- Dificuldade de conciliar vida pessoal e profissional: um dia de descanso semanal é insuficiente para o trabalhador equilibrar compromissos familiares e momentos de lazer, resultando em desgaste emocional e físico.
- Comprometimento da saúde mental e física: jornadas contínuas, com intervalos reduzidos, aumentam os níveis de estresse, exaustão e propensão a doenças ocupacionais.
- Redução da qualidade de vida: eventos importantes, como acompanhar o crescimento dos filhos, participar de atividades familiares ou até mesmo comemorações, muitas vezes precisam ser sacrificados.
- Reflexos na produtividade: trabalhadores cansados e insatisfeitos tendem a apresentar queda na produtividade e maior risco de afastamentos por questões de saúde.
Por que debater a escala 6×1 é importante?
- Promover discussões sobre políticas públicas que reduzam os impactos negativos da escala 6×1, como a ampliação do descanso semanal.
- Conscientização de empregadores sobre a importância de jornadas mais flexíveis, que beneficiem não só os trabalhadores, mas também a retenção e a produtividade nas empresas.
- Garantir que os trabalhadores tenham direito a uma vida digna, com tempo de qualidade para si e suas famílias.
É hora de refletirmos sobre como construir um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado.